quinta-feira, fevereiro 26, 2004

bELA...

Independentemente de o ser ou não, é como me sinto. pelo menos hoje...
embora triste, livre



By barry beckham

quarta-feira, fevereiro 25, 2004

Quando estamos dentro da boca da baleia é mais fácil esquivar-mo-nos dos dentes... estamos mais perto deles

Pois é! a vida é assim, quando mais próximo queremos estar das merdas, mais receios temos... Hoje em dia a atitude é: "Keep it cool!" Ou seja, deixa arrefecer, que depois não dói. Com as baleias é o mesmo... foge foge... quando menos esperares, ela chinca-te. Conselho: (sem experiência aplicada) enfrenta as mandíbulas para as conheceres melhor. Quando encontrare uma cavidade, espeta com um palito... ela abre a goela e ... das duas uma.. ou és rápidamente engolido com a força do bicho.... ou dás por ti no meio do mar alto... com sorte, passados uns dias naufragas... sempre é melhor que morte certa.!?!?!...

segunda-feira, fevereiro 23, 2004

LA CANCIÓN DESESPERADA

EMERGE tu recuerdo de la noche en que estoy.
El río anuda al mar su lamento obstinado.

Abandonado como los muelles en el alba.
Es la hora de partir, oh abandonado!

Sobre mi corazón llueven frías corolas.
Oh sentina de escombros, feroz cueva de náufragos!

En ti se acumularon las guerras y los vuelos.
De ti alzaron las alas los pájaros del canto.

Todo te lo tragaste, como la lejanía.
Como el mar, como el tiempo. Todo en ti fue
naufragio!

Era la alegre hora del asalto y el beso.
La hora del estupor que ardía como un faro.

Ansiedad de piloto, furia de buzo ciego,
turbia embriaguez de amor, todo en ti fue naufragio!

En la infancia de niebla mi alma alada y herida.
Descubridor perdido, todo en ti fue naufragio!

Te ceñiste al dolor, te agarraste al deseo.
Te tumbó la tristeza, todo en ti fue naufragio!

Hice retroceder la muralla de sombra,
anduve más allá del deseo y del acto.

Oh carne, carne mía, mujer que amé y perdí,
a ti en esta hora húmeda, evoco y hago canto.

Como un vaso albergaste la infinita ternura,
y el infinito olvido te trizó como a un vaso.

Era la negra, negra soledad de las islas,
y allí, mujer de amor, me acogieron tus brazos.

Era la sed y el hambre, y tú fuiste la fruta.
Era el duelo y las ruinas, y tú fuiste el milagro.

Ah mujer, no sé cómo pudiste contenerme
en la tierra de tu alma, y en la cruz de tus brazos!

Mi deseo de ti fue el más terrible y corto,
el más revuelto y ebrio, el más tirante y ávido.

Cementerio de besos, aún hay fuego en tus tumbas,
aún los racimos arden picoteados de pájaros.

Oh la boca mordida, oh los besados miembros,
oh los hambrientos dientes, oh los cuerpos trenzados.

Oh la cópula loca de esperanza y esfuerzo
en que nos anudamos y nos desesperamos.

Y la ternura, leve como el agua y la harina.
Y la palabra apenas comenzada en los labios.

Ése fue mi destino y en él viajó mi anhelo,
y en él cayó mi anhelo, todo en ti fue naufragio!

Oh sentina de escombros, en ti todo caía,
qué dolor no exprimiste, qué olas no te ahogaron.

De tumbo en tumbo aún llameaste y cantaste
de pie como un marino en la proa de un barco.

Aún floreciste en cantos, aún rompiste en corrientes.
Oh sentina de escombros, pozo abierto y amargo.

Pálido buzo ciego, desventurado hondero,
descubridor perdido, todo en ti fue naufragio!

Es la hora de partir, la dura y fría hora
que la noche sujeta a todo horario.

El cinturón ruidoso del mar ciñe la costa.
Surgen frías estrellas, emigran negros pájaros.

Abandonado como los muelles en el alba.
Sólo la sombra trémula se retuerce en mis manos.

Ah más allá de todo. Ah más allá de todo.

Es la hora de partir. Oh abandonado!

Pablo Neruda

sábado, fevereiro 21, 2004

O Homem...

palavras para quê? ao pé de um Stradivarius, todos os gatos são pardos...

...TEMPO SUSPENSO

... é engraçado. quando um corpo está livre mais corpos se aproximam, mais química ele liberta. Comprovado científicamente, posso agora comprová-lo na práctica.

No entanto quando a alma, ou a dita "cabeça" não se encontra livre de obstáculos, ela própria formas os seus próprios obstáculos, e limita a aproximação de outros corpos. A atração está lá, o tremor físico, o calor existe, mas não consegues uma aproximação. Há algo que te impede . Mantenho-me nesta posição... reluctante aguardo.... espero por outro tempos, nem melhores nem piores, um sinal.

mas outro tempo...
um tempo suspenso...
o vento norte que sopra algures
Sinto calor... espero.

sábado, fevereiro 14, 2004

No names have been changed to protect the innocent.They're all fucking guilty

"Tão retorcida pelos homens, um homem, o meu pai, que me tornei como eles. Tudo o que adorava neles, eles desprezavam em mim. Implacabilidade, arrogância, teimosia, distância e crueldade. Uma natureza fria calculista, imune a todos menos à minha razão. Nunca capaz de reconhecer as repercussões do meu comportamento. Inconsciente da brutalidade e egoísmo com que iria dilacerar outros.

Egoísta e egocêntrico, sem remorso. Um animal conduzido pelo instinto. Fazendo-se depender da intuição. Sempre à procura da próxima migalha suculenta, predador confiado, verosímil inocente. O meu objectivo, raramente mutilar ou matar, mas satisfazer.

Eu própria.

Se isso significar às custas do orgulho, vaidade ou mesmo existência de alguém, seja. As minhas intenções sempre foram verdadeiras. Para mim mesma.
(…)

Sempre tive uma natureza masculina. A maioria dos homens não suporta a competição. Enlouquece-os. Torna-os insanos. Força-os a quererem desamarrar-se (livrar-se/descartar-se). A dominar. Lutar para manter o controlo. Comigo não funciona assim. É um ou dois socos/murros, ou uma luta até ao final amargo/ressentido. A única coisa que o meu pai alguma vez me ensinou foi a nunca desistir.

Nunca me resignar/dar o braço a torcer. Provocar uma luta. Agir como um homem. E mesmo assim, como espécie, eu acho-os deploráveis. Ainda dei por mim tanto a tomar-lhes o partido, como a livrar-me deles uma vez contra o seu sexo. Essa pilha de emoções que carregou a minha força vital, funcionando como conduta para um estado de elevação. " - Lydia Lunch

um brinde ao teatro!

Viva o teatro vivo... o teatro daqueles que não olham sem lentes de filtragem da realidade!

quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Uma manhã agradável de consciencialização corporal

nada como uma manhã calma, seguida de um prato de paellazitta. pra animar...
tenho de fazer mundanças em casa para que a nova amiga se sinta bem e tenha um espaço que considere seu.
A sala vai diminuir um pouco, lá com o computador. Já estou a rever disposições de móveis mentalmente... de manha foram disposições de vertebras...

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Pi=3,14

quando se fala de matemática, pensa-se que terá apenas que ver com algo de abstracto e racional. Mas não, cada vez mais consigo encontrar equações matemáticas nos relacionamentos interpessoais. Observo-me no lidar com outros, e às outras pessoas. Dou por mim a ter reacções tão ou tanto.. ou até demasiado espontâneas, mais do que eu desejava. que quando reflito sobre ela penso:"Claro! É lógico. Porque carga de água é que eu não haveria de me sentir bem? Mas no entanto tenho dúvidas, carências, ...-pois, estou viva! - loucura."

ou seja

equação A: (1+1=4)

terça-feira, fevereiro 10, 2004

...abatimentos

não bastam os abatimentos de dívidas que uma pessoa se tem de sujeitar, e ainda agora mais os abatimentos de humor a que estamos sujeitos. quem dera ser onda! ter o mar de embalo, ao menos sabia porque subia e descia tão inconstante.
não dormia suave só.

pauses...

are broken by statements not tenderness.
I always wanted more than this
- anne clark

dia estranho

talvez hoje me tenha decidido a dar início a este blog, nem sem bem porquê....
continuo a dar-me falsas esperanças... talvez seja um filme meu.
aqui estou... com todas as armas e feridas